O povo Viking emergiu no final do século VIII, constituído por comerciantes, piratas e guerreiros. Mas embora fossem mais conhecidos pelo seu reinado de terror e destruição, criaram aldeias e realizaram comércio pacificamente, e a imagem antigamente defendida pelos historiadores foi sendo alterada ao longo dos anos, e nos dias de hoje já se diz que tiveram grandes contributos nos campos da construção naval e da construção de cidades.

O termo norueguês "Viking" traduzido à letra significa "guerreiros do Norte"

Os povos Vikings situavam-se em 2 grandes zonas: Escandinávia, actuais Noruega e Suécia; e ainda na zona da Jutlândia, actual Dinamarca.

Construção naval:

Na Idade Média, os Vikings desenvolveram embarcações que só viriam a ser superadas pelas Caravelas e Naus portuguesas, seiscentos anos depois.

As embarcações Vikings eram de dois tipos: as de guerra, denominadas Drakkars; e as de transporte e comércio, também conhecidas por Knorrs. Ambas as embarcações tinham duas características em comum, eram longas e tinham as quilhas (parte de baixo dos barcos) pequenas, deste modo, podiam transitar tanto em mar alto como em rios pouco profundos, possibilitando, assim, ataques mais próximos da costa, sem ser necessário recorrer a botes ou a embarcações de menores dimensões.

Existiam algumas diferenças entre as embarcações. As Knorrs eram maiores e mais largas que as Drakkars pois eram utilizadas para o transporte de pessoas e de gado para as novas colónias, e para o comércio. Enquanto que as Drakkars eram mais estreitas para que fossem mais velozes. Os navios Vikings foram os primeiros na História a usarem o vento como principal fonte de movimento, através da utilização de velas. Para além das velas, utilizavam também remos, que eram apenas utilizados quando não havia vento.

Embarcação Drakkar

Navegação:

Em 1967, o arqueólogo dinamarquês Thorkild Ramskou, sugeriu que os navegadores Vikings teriam utilizado a polarização de cristais naturais, com características interessantes, para se poderem orientar quando havia pouca visibilidade no mar. O arqueólogo diz que num dia nublado e debaixo de neve, o rei Olaf: “pegou numa pedra sol, olhou para o céu e viu de onde a luz voltou, a partir da qual adivinhou a posição do sol invisível”.

A explicação científica mais plausível é que a luz é formada por ondas electromagnéticas que oscilam perpendicularmente. Quando todas as oscilações apontam para a mesma direcção, dizemos que a luz é polarizada. Um cristal polarizado, como a calcite, provavelmente, utilizado pelo rei Olaf, permite a passagem apenas da luz polarizada e pode parecer brilhante ou escuro de acordo como a luz passa por ele.

Pedra de calcite

Os Vikings deixaram a sua maior influência nas linguas anglo-saxónicas, como o Inglês. Palavras inglesas como: Birth, Egg, Husband, Knife, Law,Skill, Thursday, Ugly, Window, demonstram a influência nórdica no vocabulário Inglês.

A ideia de Pai-Natal que os Norte-americanos idealizaram tem, em parte, origem nórdica, por exemplo, a forma do seu gorro e a sua ligação às renas.

Quanto às ciências, os Vikings pouca intervenção têm no mundo de hoje.

Existem muito poucos vestígios da civilização Viking em Portugal. Algumas das cidades que têm mais vestígios são: a Póvoa de Varzim, no norte do país, foi colonizada por Vikings. As cidades da região do Minho foram saqueadas várias vezes, o que incentivou à construção das muralhas da cidade de Guimarães. A zona do Vale do Douro e Lisboa também sofreram vários ataques bárbaros.